O que é uma carteira de investimentos
A carteira de investimentos é o conjunto de aplicações realizadas ou de ativos mantidos por uma pessoa. Sendo direto, imagine que durante 5 anos uma determinada pessoa tratou de separar uma quantia de seu salario na poupança e ao longo desses anos, totalizou 5 mil reais. Perceba que essa pessoa está alocando 100% do patrimônio de sua carteira na poupança, o ideal seria que ela criasse uma carteira diversificada.
A construção de uma carteira é pessoal. Apenas o investidor pode decidir quantos ativos devem compor sua carteira. As melhores aplicações para cada um dependem de fatores como os objetivos de ganho, o dinheiro disponível e o risco que está disposto a expor seu patrimônio. Em resumo, uma boa carteira é aquela capaz de satisfazer as expectativas de rentabilidade e de prazo do investidor, calculando-se a sua tolerância ao risco.
Por que montar uma carteira diversificada?
Imagine a você aplique suas economias em um fundo de renda fixa. O produto é simples de entender e possui uma plataforma simples de operar, por conta disso você aplica 100 reais por mês. O rendimento, no entanto, é baixo e quase não compensa a inflação, você também não verificou a taxa “come-cotas” entre outros. Algum tempo depois, ou você perderá ou apenas manterá o poder de compra do seu dinheiro.
Por outro lado, imagine que no lugar de investir 100% das economias no fundo de renda fixa, você optasse por destinar 10% em uma determinada ação (boa ação) e mais 10% em um fundo imobiliário de investimento (FII). Com o a bolsa de valores em alta, essa pequena parcela (ações + FII’s) passariam a render bem acima dos outros 80% do fundo de renda fixa. Muito provavelmente você teria um retorno superior à inflação.
Considere sempre a diversificação na hora de montar uma sua carteira de investimentos (carteira diversificada). Faça de forma estratégica dividindo os recursos entre ativos com pouca correlação entre si, isso significa buscar aplicações que não se movimentem na mesma direção. Na prática: ao invés de ter apenas 2 ações do setor bancário, tenha uma do setor bancário e uma do setor de energia. Caso o setor bancário enfrente um crise, o de energia estará saudável.
Como montar uma carteira do zero?
Em primeiro lugar, conheça o seu perfil de investimento. Basicamente existem 3 tipos de investidores: conservadores, moderados e agressivos. Como descobrir qual é o seu perfil de investimento? Um bom começo é você se fazer algumas perguntas, exemplo: como eu reagiria diante de uma perda de até 10% em poucos dias? o que faria se quisesse resgatar um investimento e não pudesse pelo fato de ele estar em carência por mais 5 meses? e se pudesse, mas tivesse de vendê-lo por um valor abaixo que o de aquisição?
Todas as instituições financeiras são obrigadas a verificar a adequação dos produtos, serviços e operações financeiras que oferecem ao perfil de cada investidor (um processo chamado “suitability”). Normalmente, os investidores iniciantes são conservadores pois já possuíam algum valor guardado na poupança ou em títulos de renda fixa.
Sugestão de carteira
Imagine que você vai aportar 100 reais por mês a partir de agora (lembrando que isso não é uma recomendação de investimento). Vamos fazer uma simples distribuição segura e bem balanceada, focando no longo prazo, em setores considerados “perenes” (falaremos disso em outras postagens). Dividindo o investimento em 4 partes relativamente iguais, da seguinte forma: 25% em renda fixa, 25% em ações, 25% em fundos imobiliários e, por fim, 25% em investimentos dolarizados.
Vamos à prática: dos 100 reais a serem investidos vamos colocar R$ 24,00 em um título de renda fixa que renda pelo menos 100% do CDI, R$ 25,00 em fundos imobiliários (3 cotas do GARE11 a R$ 8,66 cada, totalizando R$ 26,00), R$ 24,54 compraremos uma ação do banco do Brasil e, por fim, com os R$ 25,46 compraremos uma fração de cota do ETF americano IVV.
Revisar e rebalancear
Mês a mês, quando você for realizar seus aportes, alguns investimentos poderão sofrer valorização ou desvalorização, fazendo com que sua carteira não esteja repartida de forma proporcional. É justamente nessa hora que você deverá aportar de forma que sua carteira fique o mais perto possível das proporções de 25% de cada tipo se investimento (25% renda fixa, 25% ações, 25% fundos imobiliários e 25% ETF’s). Além disso, reinvista todo o dinheiro que foi ganho através dos dividendos.
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