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O Futuro da Economia Brasileira: O Que Esperar em 2025?

O Desafio que foi o ano de 2024

O ano de 2024 deixou um legado desafiador para a economia brasileira, com impactos significativos nas expectativas para o câmbio, a inflação e a taxa Selic em 2025. De fato, especialistas concordam que as variáveis macroeconômicas devem enfrentar um cenário mais adverso, com a ameaça da dominância fiscal pairando sobre as perspectivas.

Além disso, 2024 está deixando um legado ruim e azedou as perspectivas dos economistas para o comportamento do câmbio, da inflação e da taxa de juros. Consequentemente, há um consenso de que o câmbio e a inflação vão passar ainda algum tempo bem acima do patamar ideal e que a Taxa Selic terá de permanecer mais alta e por mais tempo. Nesse sentido, isso num cenário de risco até de dominância fiscal, situação na qual nem uma política econômica mais restritiva consegue domar a escalada de preços.

As controvérsias

Por outro lado, o quadro não poderia ser mais divergente do que o projetado na virada de 2023 para 2024, quando se esperava que a desinflação aproximaria o IPCA da meta de 3,0% ao ano, o dólar ficaria menos instável e o Banco Central poderia reduzir a taxa básica de juros para um patamar inferior a dois dígitos.

Nesse contexto, Roberto Padovani, economista-chefe do Banco BV, afirma que o que mudou fundamentalmente em 2024 desde o início do ano foi uma piora no cenário global. Em outras palavras, “Havia uma expectativa de inflação nos EUA recuando para a meta de 2%, portanto teria corte de juros pelo BC americano e sustentação do crescimento global. O que a gente percebeu, no entanto, foi uma outra história. Uma preocupação com a não convergência da inflação”, lembra.

A eleição de Trump

Igualmente importante, Padovani comenta que houve um alívio em meados do ano,  mas que esse tema voltou novamente no radar depois da eleição do Trump. De fato, “Então, a primeira história que mudou foi a história que se possa ter juros mais altos nos Estados Unidos”, reforça.

Por sua vez, a segunda história que o ano contou foi uma preocupação muito grande com o crescimento na China, além das volatilidades geopolíticas. Assim, Houve uma piora do cenário global, os juros de 10 anos, que a gente usa como referência, desde janeiro tem uma trajetória de alta.

Dessa forma, com maior aversão ao risco global, o economista diz que é natural que os investidores olhem com mais cautela as histórias de cada país. E, no caso brasileiro, um tema que já estava presente ganhou destaque e começou a ser acompanhado com mais atenção: a insuficiência da regra fiscal para estabilizar a dívida.

Os gastos do Governo atual

Em suma, o choque de gastos em 2023, pelo Governo, aumentando a despesa pública em R$ 320 bilhões fez com a dívida desse um salto. Mas arcabouço fiscal, propõe um ajuste muito gradual. Tem uma incompatibilidade com dívida subindo rápido e sem perspectivas de curto prazo para a estabilização.

Além disso, Padovani acredita que esse tema, que não é novo, passou a ganhar mais destaque quando o ambiente global mudou. Ou seja, Ele só estava em segundo plano porque havia fluxos para os mercados emergentes. “Quando esses fluxos foram interrompidos, ou ficaram mais instáveis, a questão entrou no radar. Essa foi a história de 2024, basicamente”, afirma.

Conclusão: Destacando a resiliência da economia brasileira

“Embora o ano de 2025 se apresente desafiador, com incertezas e pressões sobre a economia brasileira, é importante ressaltar a resiliência do país. A combinação de incertezas fiscais, política monetária restritiva e cenário externo adverso deve pressionar o câmbio, a inflação e a taxa de juros. Porém, essa conjuntura abre oportunidades para investimentos estratégicos em setores que demonstram maior resiliência e potencial de crescimento, como agronegócio, energia renovável e tecnologia. Acompanhar a evolução das variáveis macroeconômicas e ajustar as estratégias de investimento acompanhando o cenário é fundamental para aproveitar as oportunidades e mitigar os riscos.”

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